sábado, abril 03, 2010

Eu Não Quero um iPad

O iPad, o tablet da Apple
Mentira, eu quero sim.
Mas não entendo todo esse hype que se faz sobre o dispositivo.

Quero dizer, tem gente dizendo que o iPad é revolucionário, que vai matar o PC, que vai mudar a maneira como as pessoas encaram os computadores e tudo o mais, como se pode ver nesse artigo do nunca-antes-contestado Gizmodo.  Eu fiquei tão chocado com a matéria que acabei comentando lá mesmo no site, coisa que nunca havia feito.

Para mim é tudo muito exagerado.  Jesús Diaz, do Gizmodo, diz que a principal revolução do iPad é que ele apresenta uma interface completamente nova:

Em algum ponto durante esta década, você não terá mais bilhões de pastas e arquivos flutuando pela sua área de trabalho virtual ( a chamada "metáfora do desktop" ). Não vai haver mais telas de configurações amedrontadoras. Não precisará de atalhos para tentar dar a volta em limitações e velhas convenções.

Ora, isso tudo é software !  Tanto faz se você usa um PC. um smartphone ou um MP3 player, os arquivos e diretórios estão lá, sempre estarão.  Cabe à interface ocultar as complexidades.  O próprio Windows está fazendo isso, com a inclusão do recurso de "bibliotecas".

Para mim nada no iPad é revolucionário.  Tudo o que ele faz o meu Paml TX, lançado em 2005, já fazia.  Aliás, antes disso, quando a própria Apple tentou o mal-fadado Newton.  Ao invés de um dispositivo revolucionário o que o iPad tem de melhor é um software evolucionário, standing in the shoulder of giants, como se diz ...  Chega de ufanismo.

Mas nada de surpreendente, afinal, para uma companhia que diz que inventou o PC, a interface gráfica, o MP3 player, o smartphone, o celular com touch screen ...  Acho que só não disseram que inventaram a Internet porque o Al Gore já tinha tido essa idéia antes ...

Bom, enfim, hoje é o lançamento da coisa, na sua versão Wi-Fi.

E, só para não perder a piada, segue o review que o David Letterman fez do iPad no Late Show de quinta-feira:

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